História

Nas últimas duas décadas, testemunhamos uma explosão na formação de coletivos audiovisuais, impulsionada por questões tecnológicas, políticas, econômicas e subjetivas. Este fenômeno tem sido marcado pela criação de redes dinâmicas, que não só produzem conteúdo de alta qualidade, mas também o fazem de forma mais acessível e eficiente do que nunca.

Os coletivos culturais, seja no campo audiovisual ou em outras expressões, surgem frequentemente como resposta às necessidades de resistência diante contextos políticos e opressões. Essas redes têm exercido uma pressão significativa sobre as estruturas estatais, contribuindo para mudanças nas políticas públicas e para o surgimento de iniciativas inovadoras. Eles têm desempenhado um papel fundamental na transformação do cenário audiovisual nacional. Não apenas produzem conteúdo, mas também moldam as narrativas e influenciam a percepção pública, contribuindo assim para uma cultura mais vibrante e diversificada.

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Evolução

O coletivo foi fundado em 2021 pelos cineastas Ale Marques e Bruno Godi, profissionais da área com mais de duas décadas de experiência. Todos atuam como cine-educadores, e promovem uma abordagem livre ao criar que combinado a visão coletiva, nos proporciona parcerias com marcas de renome, artistas e influenciadores.

Equilibramos nosso repertório entre o artístico e o comercial. De grandes salas do circuito nacional, como Itaú Cinemas e Kinoplex, até projetos autorais, colaborativos e co-produções, nossa expertise abrange diferentes segmentos, atendendo marcas, artistas e organizações civis. Desde campanhas de engajamento popular e político até conteúdos para TV e plataformas de streaming e salas de cinema.

Estamos aqui para tornar sua visão uma realidade cinematográfica cativante.

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Missão | Valores

Entendemos que por trás de cada filme há uma rede complexa de processos, onde cada etapa é fundamental. Reconhecemos que o futuro é coletivo, e por isso valorizamos o empreendimento em rede. Nossa missão é clara: formar equipes colaborativas e distribuir responsabilidades de acordo com as necessidades de cada projeto, unindo esforços para encontrar soluções conjuntas.

Acreditamos na heterogestão e autogestão como pilares fundamentais. O coletivo defende incansavelmente a tomada de decisões coletivas, onde cada membro assume responsabilidades, participa das deliberações e se autogoverna, tanto individual quanto coletivamente. Atuamos com hierarquia horizontal.

No coletivo não há espaço para relações de mando. Entendemos que quanto mais forças se unirem, maiores são as chances de sucesso do projeto. Valorizamos o compartilhamento de experiências e conhecimento, fortalecendo nossa comunidade diariamente. A melhor ideia que fica.

É através desses preceitos que a Hâpú coletivo ganha força e relevância no cenário audiovisual contemporâneo.

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Propósito

Imagine um mundo cinematográfico onde a criatividade não se limita pela rigidez das linhas de montagem industriais.

Nosso coletivo desafia as convenções das produtoras tradicionais. Aqui, não há divisão entre quem idealiza e quem executa; todos são participantes ativos no processo de criação, desde a concepção até a projeção na tela grande.

Essa abordagem se reflete em nossos filmes, que rompem com a monotonia do modelo industrial. Nossos sets são também campos de experimentação para executar nossas ideias coletivas. Independentemente do papel que você desempenha, suas contribuições são fundamentais para o nosso sucesso.

Nossas ideias ecoam além das fronteiras do coletivo, assim compartilhamos nossas visões e experiências em troca constante com o mundo.

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Visão

O cinema brasileiro por muito tempo foi um território exclusivo, onde apenas os mais afortunados podiam se aventurar. Equipamentos caros e a falta de acesso aos meios de produção criaram barreiras significativas. Até meados dos anos 1960, a ideia de um curso acessível para aspirantes a cineastas era praticamente inconcebível.

Contudo, o novo milênio trouxe consigo uma tempestade de mudanças. As tecnologias audiovisuais não apenas se integraram ao cotidiano, mas se tornaram uma extensão natural dele, alcançando até mesmo os bolsos mais apertados. Esse fenômeno deu origem a um aumento na produção e circulação de filmes com propósitos cinematográficos, fora dos padrões convencionais e das instituições estabelecidas.

Essa democratização coincidiu com o surgimento de uma comunidade autodidata, ansiosa por explorar e dominar as possibilidades técnicas. Junto com o aumento de acesso as informações uma nova geração de cineastas emergiu, vinda das camadas menos privilegiadas e de regiões distantes dos grandes centros culturais.

Na Hâpú, comemoramos essa virada de jogo no cenário do cinema e nos comprometemos em apoiar e amplificar as vozes e talentos do Brasil e do mundo. Valorizamos a riqueza da diversidade de perspectivas, pois acreditamos que é essa multiplicidade que enriquece não só nossa arte, mas também nossa comunidade.

Buscamos criar um espaço inclusivo, onde cada indivíduo possa encontrar sua voz e contar suas histórias de maneira autêntica e poderosa. Inspirados pelas palavras de Michel Foucault, entendemos que a conexão entre nossos desejos e a realidade é uma força revolucionária, capaz de transformar não apenas a arte, mas também a sociedade.

Somos guiados pela igualdade de oportunidades, amplificação das vozes marginalizadas e poder transformador do cinema como ferramenta educativa e provocadora de reflexões. Nosso compromisso é contribuir para um mundo mais inclusivo, justo e empático.

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  • Não imagine que seja preciso ser triste para ser militante, mesmo que a coisa que se combata seja abominável. É a ligação do desejo com a realidade [e não sua fuga, nas formas da representação] que possui uma força revolucionária”

    Michel Foucault, Introdução à vida não-fascista

  • "É preciso viver como se pensa, porque, caso contrário, acabamos pensando como vivemos."

    Pepe Mujica

  • "Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão."

    Paulo Freire

  • "A ancestralidade sempre ensinou que o sentido da vida é o coletivo."

    Sônia Guajajara 

  • "A sociedade é como uma floresta. Quanto mais diversa, mais sustentável."

    Célia Xakriabá 

  • "Os povos indígenas são a última reserva moral dentro desse sistema."

    Daniel Munduruku

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